Diário da Banana - Parte I

Diário da Banana

Sexta-feira, 29 de Abril de 2005

7:15 AM

Chiu! Estou a chegar a casa e não posso fazer barulho ou os meus pais podem acordar. O Daniel (amigo do açucareiro) acabou de me deixar em casa depois de nos termos conhecido no Sabão e a Chincas também esteve em grande com um gajo bué da esquisito.

Estou louca para te contar toda a minha noite. Por volta das dez da noite fomos, eu e a Chincas, para o café Cristóvão (mais conhecido por Colombo) e estavam lá os amigos giríssimos do meu irmão. Bebi duas cervias e fiquei logo com uma carroça, enquanto que a Chincas bebeu um whisky. Antes de chegarmos ao B.A. tivemos que fazer uma paragem forçada porque a Chincas teve que ir chamar pelo Gregório. Ha! Ha! Ha!

No B.A. fui logo encostar-me à coluna do costume e só aguentei duas horas, pois tive que ir à casa de banho com a Chincas para ela continuar a chamar pelo Gregório. Ha! Ha! Ha! A musica estava bué da fixe e estive algum tempo a micar um gagico engraçado, mas ele não me viu e eu também não fui ter com ele.

Do B.A. fomos para o Sabão e aí sim, foi tudo muito mais caliente. Mal tínhamos entrado e já o açucareiro vinha em minha direcção com um amigo, não, não era um amigo, era um gato (Miau), mas o mais engraçado eram as orelhas do açucareiro. Estavam dois focos a darem-lhe mesmo por detrás das orelhas e ele ficava com duas bolas vermelhas enormes na cabeça. Ha! Ha! Ha! Era tipo um rato Mickey, mas com as orelhas vermelhas. Ha! Ha! Ha! Mas voltando ao que realmente interessa, O açucareiro apresentou-me o gato dos gatos (o Daniel, as orelhas eram tipo as do açucareiro, mas mais pequenas. Ha! Ha! Ha!) e ele ofereceu-se logo para me pagar uma cervia. Junto com eles vinha um gajo (o Leite) que era bué, mas mesmo resmas de esquisito. Eu vi logo que a Chincas esta noite não ía ficar em branco, mesmo com o bafo a gergue que ela deitava, melhor tresandava. Ha! Ha! Ha!

Conversei a noite toda com o Daniel, falamos do que gostávamos de fazer, de beber, sobre valores e ele mais tarde convidou-me para me levar a casa (uma proposta irrecusável) e eu aceitei de pronto. Fui procurar a Chincas para a avisar, mas só encontrei o Leite que me disse que a ela estava na casa de banho. Alertou-me que achava que ela não devia estar muito bem, pois tinha acabado de lhe vomitar nas costas dele enquanto dançavam. Ha! Ha! Ha! Só mesmo a Chincas! Encontrei-a na casa de banho a trocar de roupa com outra gaja, ainda mais bêbada do que ela, e a Chincas estava a vestir tudo do avesso. Ha! Ha! Ha! Seja como for, o Daniel trouxe-me para casa e a Chicas foi com o Leite (se calhar azedo ou estragado. Ha! Ha! Ha!).

O Daniel estacionou o carro (Peugeot 307 HDi) aqui, mesmo à frente de casa e disse-me que gostava muito de me conhecer melhor (corei logo) e que adorava ir tomar um café comigo num destes dias ou mesmo ir a um cineminha. Foi quando me pediu o meu número de telemóvel. É claro que eu não lhe dei o meu, mas fiquei com o dele para lhe ligar quando me apetecesse falar com ele. Na despedida deu-me um beijo na testa e foi-se embora.

Um beijo de despedida na testa? Dhaa! Achas normal? Enfim …

Beijos e até à próxima.